Cruzou-se com ela no olhar.
Sentou-se ao seu lado, mesmo sabendo que assim não lhe podia desenhar os lábios.
Podia agora sentir-lhe o sabor das palavras, adivinhar-lhe o perfume e imaginar que lhe segurava a mão.
Queria agora ficar coberto daquela ilusão.
Essa ilusão que lhe tirava o trago amargo da realidade.
Rejuvenescia, perdia devagar todas aquelas memórias que lhe cortavam a carne silenciosamente.
Iluminado, mergulhava agora em todos os momentos que passaria com ela.
O seu nome ecoa lá fora, levanta-se... Perdeu de novo.
No chão os vidros partidos puxam-no de volta.